Esta coisa incognoscível que me anima e a que chamam de espírito, está em alvoroço. Sinto-a um paradoxo, sinto-me incapaz de a descrever. Os sentimentos que se entrecruzam nesta época não são alheios:
Vivemos tempos de mística (que se renovam todos os anos). Podemos criticar e repudiar, mas não deixamos todos de participar das festas.
Há uns dias, o Natal. O (re)nascimento de um nenino. Claro que, grande parte, não sabia ao certo o que se comemorava. Eu próprio, juro, que não sei se o menino nasceu há uns 2010 anos ou há um milhão. Não participei, não estava lá, não vi nada. Tão pouco sei se ele resolve ou ajuda a resolver algum problema a alguém. Sei que lá na sua terra natal, não terá ajudado muito, pois palestinianos e israelitas continuam sem se entender.
Agora, o fim de ano. Veja-se que se comemora o ano novo, o que aí vem. E as novas que ele traz são, sabidamente, muito negras para todos e em especial para nós porteguesinhos.
Mas a mística, Deus meu, a mística impõe-se. Por isso, levantemos a taça de champanhe e as mãos ao Céu e desejemos: Um Ano Novo cheio de Saúde, de Paz e Amor.
Depois...depois salva-se sempre o enorme prazer de viver a família e os amigos.