"(...) é fácil - embora se vá tornando raro - ser-se solidário com os outros. Difícil é sermos os outros. Nem que seja por um instante, nem que seja de visita. (...) Dizemos que somos tolerantes com as diferenças. Mas ser-se tolerante é ainda insuficiente. É preciso aceitar que a maior parte das diferenças foi inventada e que o Outro (o outro sexo, a outra raça, a outra etnia) existe sempre dentro de nós."
in Mia Couto, e se Obama fosse africano e outras interinvenções, Caminho, 2ª ed., 2009, p.143.
Por haver dificuldade
ResponderEliminarEm se ser tolerante
É que o mundo vai assim
Numa incerteza constante
Ser solidário também
Não se faz muito de gosto
O que quase todos queremos
É proteger nosso rosto
Claro que o "Outro" existe
Mas se Eu aceito a diferença
Consigo ser mais feliz
E lido melhor com a "crença"
Há muita trabalho a fazer
Digo eu e muita gente
Que acredita que: depois um dia!
Há-de vir outro diferente...
Áurea
Afinal, no início era o "Verbo" e um só pai e uma mãe, para quem crê, Adão e Eva. As pretensas diferenças vieram depois. Ser-se solidário e tolerante são estados de alma que nos harmonizam com o meio e com o universo, mas acredito que nem sempre é fácil a todos e em todas as circunstâncias proceder em conformidade.
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