É o melhor do pior: obras recolhidas no lixo e expostas no Museu de Arte Má, nos Estados Unidos. Eis a nova referência artística.
O que de mais elogioso pode dizer-se do Museu de Arte Má (Museum Of Bad Art, MOBA) é que começou num caixote do lixo. Em 1993, o antiquário Scott Wilson encontrou num contentor de Boston, EUA, um quadro a que deu o nome de "Lucy in the Field with Flowers" (Lucy no Campo com Flores), mostrou--o ao seu amigo Jerry Reilly e juntos decidiram coleccionar arte má.
O slogan não engana: o MOBA é uma casa que expõe "arte demasiado má para ser ignorada". Todas as obras "devem ter a capacidade de espantar as pessoas", explica o curador do museu, Ollie Hallowell. O espólio do museu, que pode ser visitado em http://museumofbadart.org, oferece as piores paisagens, os retratos mais disformes e várias obras abstractas que fariam chorar de inveja muitos surrealistas.
"É difícil ser-se muito bom mas também muito mau", brinca Ollie Hallowell. Em leilão as peças tem sido arrematadas por valores a rondar os 17 euros. Mesmo assim, trouxeram lucro à instituição, já que a política do museu proíbe qualquer nova aquisição cujo valor ultrapasse os 5 euros.
O sucesso do museu chegou a Melbourne, Austrália e, em 1996, nascia o Museu de Arte Particularmente Má (www.mopba.org). Este museu já angariou mais de 200 peças e, desde 2005, atribui anualmente o Prémio Itchiball, a pior entre as piores obras de arte.
Hélder Beja , http://www.invirtus.net/in/story
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