A realidade só pode ser uma. É o que acontece e não o que queremos ou não queremos que aconteça. A narração da realidade só pode ser uma, única, exclusiva e irrepetível.
Quando me falam em diversas narrativas (como o fez o antigo 1º ministro Sócrates), lembro-me dos belos romances que li, belas ficções (dissimulação, fingimento, invenção fabulosa ou engenhosa), excelentes criações dos seus autores.
Claro que todos sabemos que pode haver condicionantes que impedem a correcta percepção da realidade. A mais comum é a distracção, mas pode ser mais profunda e resultar de incapacidade acidental, de truques ou mesmo doença, que mantenham permanentemente a ilusão da realidade.
Pode até suceder de ilusão de óptica, como na imagem que segue:
Descrição de realidade (num qualquer dicionário):
"realidade
(real + -idade)
s.
f.
(real + -idade)
1.
Qualidade do que é
real.
2.
Existência de facto .
3.
O que existe
realmente; coisa real.
4.
Conjunto de todas
as coisas reais. = REAL
em
realidade: o mesmo que
na realidade. ≠ FANTASIA,
FICÇÃO, IRREALIDADE
na
realidade: realmente, na
verdade, com efeito.
ocultar a
realidade: esconder (o
jogo).
realidade
virtual: ambiente de
simulação ou recriação do real que resulta da utilização de tecnologia
informática interactiva ."
Bom, trata-se de uma questão complexa... Independentemente da dimensão política que aqui usou, em termos conceptuais o real só existe na mente daquele que o concebe. Logo, depende da perspectiva e do sujeito que a encara, embora na lógica a realidade surja reduzida à dimensão do verdadeiro e do falso. O problema, justamente, é que a realidade não se resume a factos, mas a opiniões sobre os factos!
ResponderEliminarUm abraço para si, caro Manuel, da nova seguidora,
Lou
PS - E convido-o a reciprocar!
Muito obrigado Lou, pela atenção e pela postagem.
ResponderEliminarComo diz a questão complexa. Todavia eu sou mais prático do que teórico (talvez por defeito de formação intelectual e trabalho profissional, sou advogado), tenho no dia a dia que aplicar teorias e direito a fatos concretos, que depois do tribunal os fixar como provados e assentes, não têm retorno ou alteração.
Percebo que duas pessoas podem não ver a mesma coisa da mesma maneira. Mas tal poderá ser um pouco por terem perceções diferentes da mesma realidade, mas seguramente mais por não terem visto efetivamente o mesmo. Embora ambos olhem com interesse e insistência para uma linda menina, não irão descrevê-la ambos da mesma maneira. Um deu atenção aos cabelos, testa e olhos, enquanto outro desvalorizou estes e sobrevalorizou as pernas e seios. Enfim, gostos.
Podiamos continuar pois o tema é interessante.
Um abraço
Manel