segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Sociedades B - pessoas B

Suecos criam horários especiais para notívagos

 
 
A Suécia começa neste mês uma nova revolução social, com a introdução da chamada "Sociedade B" uma sociedade que leva em conta os diferentes ritmos biológicos dos indivíduos para introduzir horários alternativos de funcionamento para escolas, locais de trabalho, universidades e organizações.
 
A primeira instituição sueca a implementar o esquema é uma escola secundária de Gotemburgo, que a partir de setembro vai oferecer turnos opcionais entre 20h e 8h.
 
"Por que precisamos trabalhar todos no mesmo horário e enfrentar os mesmos engarrafamentos?", pergunta o manifesto do movimento B-Samfundet ("Sociedade B"). "Por que temos de correr ao mesmo tempo para pegar as crianças na escola antes que elas fechem? Por que tudo tem de funcionar nos mesmos ritmos e horários se isso causa problemas gigantescos na infra-estrutura da sociedade?"
 
O B-Samfundet tem origem na Dinamarca, onde foi criado no ano passado. Ainda neste outono europeu, a Sociedade B será introduzida na Noruega e na Finlândia, e para outubro está previsto o lançamento no Reino Unido.
 
A Sociedade B se baseia em pesquisas científicas que indicam que cada indivíduo tem seu próprio ritmo biológico, uma espécie de "relógio interno" que é geneticamente determinado.
Segundo essas pesquisas, uma "pessoa B" possui um ritmo interno de 25 a 27 horas, enquanto o de uma "pessoa A" tem um ciclo de 23 horas. As "pessoas B" são mais produtivas no final do dia e têm dificuldades de despertar de manhã cedo, que é quando as "pessoas A" são mais ativas.
 
"Nosso objetivo é acabar com as rígidas disciplinas de horário da sociedade industrial, em que todos chegam ao mesmo tempo e saem na mesma hora", disse em entrevista à BBC Brasil Erika Augustinsson, vice-presidente do B-Samfundet. "Vivemos em uma nova sociedade e queremos criar um novo jeito de viver, que respeite também os diferentes ritmos internos das pessoas".
 
Escolas
Erika destaca que esses diferentes ritmos biológicos também são uma realidade nas escolas, onde um grande número de crianças e adolescentes tem dificuldades de concentração pela manhã.
Ou seja, esses alunos não têm exatamente preguiça de levantar para ir à escola --eles são apenas "pessoas B".
 
 
A introdução do cronograma alternativo possibilita também o melhor aproveitamento das instalações da escola, que poderá absorver mais alunos.
 
 

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