quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Poema de uma funcionária pública (anónimo)


Eu quero lá saber

Da roubalheira e da alta corrupção

Que o Djaló esteja no Benfica ou no Casaquistão

Que não se consiga controlar a inflação


Eu quero lá saber

Que haja cada vez mais desempregados

Que deem diplomas e haja cursos aldrabados

Que me considerem reformado ou um excedentário?

Que se financie cada vez mais a fundação do Mário

Que se ilibe o Sócrates do processo

Que não haja na democracia um só sucesso


Eu quero lá saber

Que o Sócrates já não finja que namora a Câncio

Que o BCE se livre do pavão armado do Constâncio

Que roubem multibancos com retroescavadora

Que o Nascimento esburaque os processos à tesoura

Que deixe até de haver o feriado do 1º de Maio

Que a tuberculose seja mesmo um tacho pró Sampaio

Que em Bruxelas mamem muitos deputados

Que o Guterres trate apenas dos refugiados

Que a nós nos deixou bem entalados


Eu quero lá saber

Que ele vá a cento e sessenta e não preguem uma multa

Que amanhã ilibem os aldrabões da face oculta

Que o Godinho pese a sucata e abata a tara

Que pra compensar mande uns robalos ao Vara

Que o buraco da Madeira sobre também para mim

Que a Merkel se esteja borrifando pró Jardim


Eu quero lá saber

Que a corja dos deputados só se levante ao meio-dia

Que a "justiça" indemnize os pedófilos da Casa Pia

Que não haja aumentos de salários nem digna concertação social

Que os ministros e gestores ganhem muito e façam mal

Que Guimarães este ano se mantenha a capital

Que alguém compre gasolina na cidade de Elvas

Que só abasteça o condutor do Dr. Relvas

Que na Assembleia continuem 230 cretinos

Que nas autarquias haja muitos Isaltinos

Que o Álvaro por tu, ai esse sim hei de eu vir a tratar

Que se lixe o falar doce do grande ator Gaspar

Que morram os pobres e os velhos portugueses

Que eles querem é que fiquem só os alemães e os franceses


Eu quero lá saber

Que o Zé seja montado quer por baixo quer por cima

Que a justiça safe bem depressa o influente Duarte Lima

Que o bancário Costa não volte a dormir na prisão

Que o Cavaco chegue ao fim do mês sem um tostão

Que na Procuradoria continue o Pinto Monteiro

Que prós aldrabões tem sido um gajo porreiro

Que os offshores andem a lavar dinheiro

Que o BPN tenha sido gamado pelo Loureiro

Que no BPP prescrevam os processos do Rendeiro

Que à CEE presida um ex-maoista sacana e manhoso

Que agora é o snob democrata Zé Manel Barroso

Tudo isto já nada pra mim tem de anormal


Mas o que eu quero mesmo saber

é onde está o meu país chamado PORTUGAL

que isto aqui é vilanagem pura, roubalheira, corrupção

Meu Deus, manda de novo o Marquês de Pombal

antes que este povo inerte permita a destruição!!!


Maria (pseudónimo, claro!)

Funcionária Pública

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