Os militantes socialistas não mereciam que Sócrates eliminasse as vozes dissonantes internas e secasse a possibilidade de se afirmarem outros candidatos.
Não mereciam que os envergonhasse ao entronizar-se líder com percentagens próprias de um qualquer ditador do Burkina Faso, nem fugisse constantemente à verdade como o diabo, dizem, foge da cruz.
Não mereciam que Sócrates se quisesse perpetuar no poder.
Não mereciam ver o primeiro-ministro, candidatar-se a um terceiro mandato e, pela primeira vez em Portugal, um primeiro-ministro em exercício, perder umas eleições legislativas.
Não mereciam ver cumprir-se o desejo de Manuel Ferreira Leite, de só ficar descansada, depois de ver o Sócrates perder as eleições, mas também afastado da liderança da oposição.
Os militantes socialistas não ficarão com saudade e o resto do País muito menos.
Requiem in memoriam
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