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A crise: Feitos os PEC(s) [Planos de Estabilidade e Crescimento (sem crescimento, já se sabe)], Os orçamentos de contenção, exarcebados os Desígnios Nacionais de manter a estabilidade política, ouvimos quem manda:
- Vão ser necessários sacrifícios, para vencer a crise.
E todos (chefes e patrões, políticos e gestores, assalariados públicos e privados, no activo, na reserva, na reforma, desempregados e sobreviventes das prestações sociais), em uníssono:
- Pois que seja. Façam-se sacrifícios, façamos sacrifícios.
E é agora que surgimos nós, que se conjuga o vós, que vêm eles.
- Faremos sacrifícios, tu e eles.
- Depois vireis vós, (tu, e eles) que tereis cortes nos salários. Bem, se tu, fizeres como eu, que nisto de cortes fico de fora, ficam eles, o que resta de nós.
- Logo, a bem da nação haveremos de concluir: Eles que tenham cortes, eles que paguem a crise.
Depois de tantas excepções, umas encapotadas outras descaradas, aos cortes nos rendimentos, agora confirmou-se outra: Os senhores deputados que tinham votado a redução do seu salário em 15%, acompanhando os sacrifícios impostos aos funcionários públicos, votaram, simultaneamente, o aumento das suas despesas de representação em 20% .
Digam lá se eles, e agora vistos daqui (não são eu, nem tu, nem nós ou vós) não são espertos!
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