sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A pena de morte e a justiça dos homens


Homem executado no Texas há cinco anos seria inocente

Tudo leva agora a crer que Todd Willingham, executado em 2004 no Texas, estava inocente. Uma notícia que está a chocar os EUA, país onde são administradas anualmente, em média, 50 injecções letais.
Todd Willingham, tinha 23 anos quando as suas três filhas morreram num incêndio na casa de família. Aos 24 anos foi condenado por fogo posto. Foi executado 12 anos depois.

Durante 12 anos proclamou a sua inocência até ser executado.

"A sua história, contém todos os ingredientes clássicos de erro judicial: condenação com base em relatórios sobre o local do incêndio, ausência de provas periciais, um psiquiatra que descreve Willingham como um "sociopata muito perigoso" sem nunca o ter examinado, testemunhas que modificam as declarações a favor da acusação…"

Agora, um relatório entregue em Agosto deste ano à comissão de ética do Texas, um especialista em incêndios conclui, tal como outros dois peritos o tinham feito em 2004 e 2006, que o incêndio foi "acidental”.

É por isso que, ao mesmo tempo que urge repensar a existência da pena de morte, temos de continuar a dar primazia ao princípio “In dubio pro reo”, no pressuposto de que é sempre preferível deixar em liberdade um criminoso do que prender ou matar um inocente.

4 comentários:

  1. Realmente, bárbaro! Obrigada, por partilhar sempre artigos de tanto interesse, consigo aprendo muito.
    A pena de morte...custa a acreditar nisso...

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  2. Obrigado Isabel. Para o bem segundo uns, para o mal segundo outros, Portugal foi dos primeiros países do mundo a abolir a pena de morte.
    É minha opinião que a justiça evoluiu muito ao longo dos séculos alargando os direitos de defesa dos arguidos, abandonou-se muitas penas consideradas aviltantes. Mas se hoje consideramos ancestral as lei de Talião do "olho por olho, dente por dente" ou as nossas da idade média de cortar a mão que roubou, é verdade que subsiste a pena de morte. Afinal em nome da lei, tiramos a vida a quem a tirou a outrem. Haveria tantas outras maneiras de o penalizar, fazendo-o pagar perante os ofendidos, familiares e a sociedade!

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  3. Concordo contigo Manel! Há concerteza outras formas mais dignas de penalizar e de fazer pagar.
    Parece-me até que essas seriam medidas mais dignas mesmo para quem pune e castiga.
    Tirar a vida a alguém é sempre um acto emocianalmente violento.

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  4. Ainda a pena de morte e os inocentes que são vitimas dela. Embora sempre condenável, quando mata inocentes, enfim, não há palavras!.

    Tens um desafio no meu blog. Convido-te a participar.

    Abraço.

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