A Assembleia da República, aprovou há algum tempo o regime de faltas e presenças ao plenário, dispondo:
Regulamento da Assembleia da República nº 21/2009:
“7. A palavra do deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais. Quando for invocado motivo de doença, poderá, porém, ser exigido atestado médico caso a situação se prolongue por mais de uma semana.”
Isto é, a contrario, o deputado pode faltar até uma semana, bastando-lhe dar qualquer justificação, sem necessidade de comprovação. (basta a palavra)
Perante esta enfâse na liberdade do deputado, caberá perguntar se se trata de uma questão de fé ou, pelo contrário, o retorno à defesa da honra e da palavra dada. É que, difícil não é ter uma fé, difícil é acreditar nela e, há muito, que se vem discutindo a quebra daqueles valores humanos.
Mas, afinal, parece que nem é uma coisa nem a outra, pois o célebre deputado (e é-o desde 1974), Almeida Santos, por causa de umas tantas faltas de deputados a uma votação, numa sexta-feira, brindou-nos com uma profunda e esclarecedora interpretação:
«Quanto às justificações para as faltas, é verdade que a sexta-feira é, em si própria uma justificação, porque é véspera de fim-de-semana. Eu compreendo isso. Talvez esteja errado que as votações sejam à sexta-feira. Não julguemos também que ser deputado é uma escravatura, porque não é, nem pode ser. É preciso é arranjar horas para a votação que não sejam as horas em que normalmente seja mais difícil e mais penoso estar na Assembleia da República».
«Quanto às justificações para as faltas, é verdade que a sexta-feira é, em si própria uma justificação, porque é véspera de fim-de-semana. Eu compreendo isso. Talvez esteja errado que as votações sejam à sexta-feira. Não julguemos também que ser deputado é uma escravatura, porque não é, nem pode ser. É preciso é arranjar horas para a votação que não sejam as horas em que normalmente seja mais difícil e mais penoso estar na Assembleia da República».
Que dizer perante isto, que somos agnósticos, que não negamos o deputado, que não estamos certos do contrário. Valha-nos Deus.
Não apenas não rezo da cartilha dele como de seu terço...
ResponderEliminarAbçs,
Ana Lúcia.