Fazer uma rubrica é firmar, fazer uma assinatura reduzida, abreviada ou ainda cifrada num documento. Usa-se também o verbo rubricar. Mas quer rubrica quer rubricar que hoje usamos na linguagem comum escondem uma interessante origem.
Rubrica vem do latim e era o termo que os romanos usavam para designar a cor vermelha. E daí rubro ou ainda ruborizar, ou seja, corar, ficar vermelho.
Mas, por que razão se chama "rubrica" a uma assinatura abreviada e qual é a ligação ao encarnado?
A explicação encontra-se no Direito. Antigamente era obrigatório que os títulos dos capítulos de Direito Civil e Direito Canónico fossem impressos a vermelho, ou seja, a rubrica e daí passaram a designar-se por rubricas os títulos de éditos e capítulos.
Mais tarde este imprimir a vermelho passou também para os livros religiosos e rubrica passou a sinónimo de capítulo.
Ora, segundo Orlando Neves, à semelhança da marcação de capítulo, a cor vermelha passou também a ser usada para assinalar as observações e notas, destacando-se assim das letras impressas a preto. Devido ao carácter abreviado dessas notas, rubrica passou a ter o significado que tem hoje de uma assinatura reduzida, abreviada.
[Do programa da Antena 1, Lugares Comuns, de Mafalda Lopes da Costa]
NOTA: Costuma ouvir-se dizer erradamente (até por responsáveis ministeriais) a palavra "Rubrica" como se tivesse um acento no "u", como se se escrevesse "Rúbrica". A sílaba tónica é "bri" e, por isso, deve pronunciar-se como se escreve, sem acento.
retirado daqui: http://doc.jurispro.net/news.php?lng=pt&pg=31199
Manuel, meus cumprimentos pelo blog tão interessante. Arte, literatura e direito são assuntos de que gosto deveras. Qdo puder, sempre estarei por aqui. Sigo-o e espero-o em meu blog para realizarmos esse intercâmbio necessário entre a América e a Europa. Até mais páginas.
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