segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A precipitação não permite ver o óbvio

Quando o rico árabe morreu deixou 17 camelos aos 3 filhos. Pormenorizou no testamento: metade seria para o filho mais velho, um terço para o segundo e um nono para o terceiro. Como fazer a partilha? 

Pensavam os herdeiros, metade de 17 camelos! Temos de cortar um ao meio?


Não sabiam o que fazerl...Resolveram então procurar o homem mais erudito da cidade, o estudioso, o matemático. Ele raciocinou muito e não conseguiu encontrar a solução - matemática é matemática. 
Alguém sugeriu: "É melhor procurarem alguém que saiba sobre camelos em vez de matemática". 
Foram então ao homem mais idoso da cidade, inculto, porém sábio de experiência feita.
Contaram-lhe o problema. O velho riu e disse: 
- "É muito simples, não se preocupem"
Emprestou um dos seus camelos - eram agora 18 - e depois fez a divisão. Nove foram dados ao primeiro filho, que ficou satisfeito. Ao segundo coube a terça parte - seis camelos; e ao terceiro filho, foram dados dois camelos - a nona parte. 
Sobrou o camelo que o velho emprestou, que retomou e foi embora.

Esta história foi contada no livro "Palavras de fogo", de Rajneesh e tem sido utilizada para ilustrar a diferença entre a sabedoria e a erudição. 

Ele conclui dizendo: "A sabedoria é prática, o que não acontece com a erudição. A cultura é abstrata, a sabedoria é terrena; a erudição são palavras e a sabedoria é experiência".

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