E a nova geração saiu à rua.
"O que mais me preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos ou dos sem ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons".
Martin Luther King
Vicente Jorge Silva, referiu-se aos jovens como "a geração rasca" num editorial no Público, em 1994. Argumentava que os jovens eram irresponsáveis, indisciplinados e individualistas, e não tinham convicções, nem valores, nem princípios, nem sonhos para lutar.
Trata-se de uma visão saudosista e estáctica de quem viu já fugir-lhe a juventude.
Seja como for, os jovens de então íam conseguindo os seus empregos e iniciar os seus percursos.
Porém, os jovens de hoje, especialmente neste contexto de crise económica, não obstante o aumento da escolaridade, têm mais dificuldade em obter emprego e, os que o conseguem, é sempre sob a forma precária e mal remunerada. Daí o epíteto de geração "à rasca".
No fundo, tudo não passa de adjectivações que os eternos conflitos geracionais sempre alimentaram. Mas o sonho, esse, ficará eternamente jovem. Ninguém lho pode tirar.
"Pai - Na tua idade, já tinha um ideal!
Filho - E, então, vendeste-o a quem?”
Le Nouvel Observateur
Sem comentários:
Enviar um comentário