Batem leve, levemente,
como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim...
É talvez a ventania;
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento, com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim...
É talvez a ventania;
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento, com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudade, Deus meu!
(...)
Augusto Gil - Luar de Janeiro, 1909
Fotografia de António Alfredo Lourenço, em http://br.olhares.com/neve_em_lamego_foto2628718.html
(...)
Augusto Gil - Luar de Janeiro, 1909
Fotografia de António Alfredo Lourenço, em http://br.olhares.com/neve_em_lamego_foto2628718.html
Olá Manuel
ResponderEliminarUm poema lindíssimo de Augusto Gil, que aprendi de cor há anos e nunca esqueci e uma paisagem fantástica, mas de bater o dente, não é?
Um abraço,
Manuela
FELIZ EM RETOMAR O CONTATO
ResponderEliminarOlá, Manuel!
ResponderEliminarEsta fotografia é do "nosso" António Lourenço? Se é, dá-lhe os meus parabéns. É muito bonita.
Abraço.
Manuela, tens toda a razão é um dos poemas que decoramos desde jovens. E quanto ao frio, também é verdade. A este propósito, nunca consegui entender como lá fora funcionam as estâncias de inverno, quando vejo cair neve no serra da estrela e logo a notícia das estradas de acesso estarem encerradas!
ResponderEliminarAusteriana,
A fotografia é de um António Alfredo que é professor na escola da Isilda.