No dia 1 de Maio, pelas 22h, no auditório do Salão Apostólico de Almacave, comemoraram-se os 80 anos de Escutismo em Lamego, do Corpo Nacional de Escutas, que aqui teve a sua luz pela mão de Monsenhor Aníbal Rebelo Bastos, em 24 e Março de 1929.
Começou com uma brilhante prelecção pelo Sr. Padre, Dr. João André, que de modo coloquial e dirigindo-se em especial aos escutas, reavivou as virtudes e os valores do escutismo.
Seguiu-se uma acolhedora e intimista sessão de apresentação do livro de António Dias Grancho, “Memórias de um Escuteiro…Do Agrupamento 140”, pela Dra. Isilda Lourenço Afonso que, de uma forma singularmente atractiva e fundamentada, prendeu a atenção dos escutas, familiares e amigos que enchiam o auditório. Do autor, se disse que viveu em Lamego, onde mantém família e amigos e é visita assídua, cidade onde se iniciou como escuteiro (foi Lobito), foi militar, professor de Educação Física no Patronato e Seminário.
Da obra e do seu autor, a Dra. Isilda L. Afonso realçou o seu espírito humanista de quem sempre soube honrar a educação do berço, o seu fino trato e o sorriso contagiante, a formação, os princípios e a nobreza de carácter por que se orientam, igualmente, aqueles que passam (ou ainda pertencem) a esta Escola de verdadeiros Cidadãos – o CNE.
A longa amizade com o autor, levaram-na a transportar-nos a todos até África através da projecção de fotografias da época, fazendo-nos recordar a uns, e vivenciar a outros, a estreita vida familiar e comunitária. A paixão do autor, António Dias Grancho, pelos valores escutistas, que continua a praticar e veicular, não obstante os seus 87 anos, justifica que se traga à colação a afirmação do Rei D. Duarte, no Livro dos Conselhos: “Não deixes de ser a criança que foste”.
Começou com uma brilhante prelecção pelo Sr. Padre, Dr. João André, que de modo coloquial e dirigindo-se em especial aos escutas, reavivou as virtudes e os valores do escutismo.
Seguiu-se uma acolhedora e intimista sessão de apresentação do livro de António Dias Grancho, “Memórias de um Escuteiro…Do Agrupamento 140”, pela Dra. Isilda Lourenço Afonso que, de uma forma singularmente atractiva e fundamentada, prendeu a atenção dos escutas, familiares e amigos que enchiam o auditório. Do autor, se disse que viveu em Lamego, onde mantém família e amigos e é visita assídua, cidade onde se iniciou como escuteiro (foi Lobito), foi militar, professor de Educação Física no Patronato e Seminário.
Da obra e do seu autor, a Dra. Isilda L. Afonso realçou o seu espírito humanista de quem sempre soube honrar a educação do berço, o seu fino trato e o sorriso contagiante, a formação, os princípios e a nobreza de carácter por que se orientam, igualmente, aqueles que passam (ou ainda pertencem) a esta Escola de verdadeiros Cidadãos – o CNE.
A longa amizade com o autor, levaram-na a transportar-nos a todos até África através da projecção de fotografias da época, fazendo-nos recordar a uns, e vivenciar a outros, a estreita vida familiar e comunitária. A paixão do autor, António Dias Grancho, pelos valores escutistas, que continua a praticar e veicular, não obstante os seus 87 anos, justifica que se traga à colação a afirmação do Rei D. Duarte, no Livro dos Conselhos: “Não deixes de ser a criança que foste”.
Com pena minha, não estive presente nesta sessão e perdi, seguramente, um excelente momento. Con tudo, não posso deixar de escrever algumas palavras.
ResponderEliminarParabéns ao Escutismo pela comemoração do seu octogésimo aniversário e pelos valores que transmite, sendo uma boa escola de cicadania.
Uma palavra de apreço ao autor, que dá provas de manter bem viva a paixão pelos valores escutistas, através das memórias e vivências.
Em relação ao carácter intimista, acolhedor, atraente e fundamentado da apresentação, devo dizer que não fiquei nada surprendida, estando a mesma a cargo da Dra Isilda, mas antes orgulhosa e feliz por reconhecer na minha colega e amiga a qualidade com que sempre rubrica todo o seu trabalho.
Parabéns, Isilda! Tem sido um prazer trabalhar contigo.
Quanto ao artigo, apenas digo que tem a marca do autor, está óptimo. Adorei o pensamento que o finaliza: "Não deixes de ser a criança que foste". E pensei que este mesmo desejo, esta necessidade está presente em Fernando Pessoa, num poema que adoro e vou aqui lembrar:
A criança que fui chora na estrada
A criança que fui chora na estrada
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De não saber minha alma está parada.
Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.
Fernando Pessoa
Lídia Valadares
Lamego tambem é para mim Cidade de recordações,
ResponderEliminarpasso por aí todos os anos nas festas da Nossa Senhora dos Remedios, no primeiro fim de semana de Setembro.
Quando eu era miuda lembro-me de ir com os meus pais, pois eles tambem eram devotos da Santa.
Um dia contei a escadaria, mas já não sei ao certo quantas escadas são, sei que são perto de mil.
Bom fim de semana
MARIA
Não conhecia o poema do Pessoa. Mas é muito interessante e, claro, absolutamente adequado. Então a primeira quadra é de encantar, permite que insista:
ResponderEliminarA criança que fui chora na estrada
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
No resto, agradeço as tuas palavras, mas reconheço que não sou um jornalista no bom sentido do termo, pois não tenho conseguido o distanciamento devido, e que leve à descrição factual pura e simples.