domingo, 29 de novembro de 2015
Sarar as feridas
28.11.2015
DOMINGOS DE ANDRADE
1 Portugal tem um novo Governo e as ambições do primeiro-ministro não são poucas. Vai ser difícil, mas é bom para o país que resulte. Nesta altura, é o que todos devemos desejar. A primeira é conquistar pela ação governativa a confiança e a estima eleitoral que lhe escapam pela falta de legitimidade política de que é acusado. A mais relevante é fazer com que o país se reconcilie consigo próprio. Anos de austeridade violenta criaram, de facto, o caldo social propício ao azedume, à inveja, ao fosso entre os que não têm e os que ainda têm alguma coisa, entre velhos e novos, públicos e privados, entre quem tem trabalho e quem não tem.
terça-feira, 21 de abril de 2015
PREMONIÇÃO
Um homem vai ao quarto do
seu filho para lhe dar boa noite.
O garoto está a ter um pesadelo.
O pai acorda-o e pergunta-lhe se ele está bem.
O filho responde que está com medo porque sonhou que a tia Suzana tinha morrido.
O pai garante que a tia Suzana está muito bem e manda-o de novo para a cama.
No dia seguinte, a tia Suzana morre.
Uma semana depois, o homem volta ao quarto do seu filho para lhe dar boa noite.O garoto está a ter outro pesadelo, e desta vez diz que sonhou que o avô tinha morrido.
No dia seguinte o avô morre.
Uma semana depois, o homem vai de novo ao quarto do seu filho para lhe dar boa noite.
O garoto está a ter outro pesadelo.
Desta vez o filho responde que sonhou que o pai tinha morrido...
O pai garante que está muito bem e manda-o de novo para a cama.
No dia seguinte ele está apavorado.
Tem certeza de que vai morrer.
Sai para o trabalho e conduz o carro com o maior cuidado para evitar uma colisão.
Não almoça com medo de veneno; evita as pessoas, com medo de ser assassinado,
O garoto está a ter um pesadelo.
O pai acorda-o e pergunta-lhe se ele está bem.
O filho responde que está com medo porque sonhou que a tia Suzana tinha morrido.
O pai garante que a tia Suzana está muito bem e manda-o de novo para a cama.
No dia seguinte, a tia Suzana morre.
Uma semana depois, o homem volta ao quarto do seu filho para lhe dar boa noite.O garoto está a ter outro pesadelo, e desta vez diz que sonhou que o avô tinha morrido.
No dia seguinte o avô morre.
Uma semana depois, o homem vai de novo ao quarto do seu filho para lhe dar boa noite.
O garoto está a ter outro pesadelo.
Desta vez o filho responde que sonhou que o pai tinha morrido...
O pai garante que está muito bem e manda-o de novo para a cama.
No dia seguinte ele está apavorado.
Tem certeza de que vai morrer.
Sai para o trabalho e conduz o carro com o maior cuidado para evitar uma colisão.
Não almoça com medo de veneno; evita as pessoas, com medo de ser assassinado,
tem um sobressalto em
cada rua que passa...
Ao voltar para casa, ele encontra a sua esposa e diz:
- Meu Deus... Tive o pior dia de minha vida !
E ela responde, toda chorona:
- Tu achas que o teu foi pior...??
E o meu chefe, que morreu hoje de manhã assim
que chegou ao escritório!?
Ao voltar para casa, ele encontra a sua esposa e diz:
- Meu Deus... Tive o pior dia de minha vida !
E ela responde, toda chorona:
- Tu achas que o teu foi pior...??
quarta-feira, 1 de abril de 2015
sábado, 3 de janeiro de 2015
Não sei quantas almas tenho
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu.
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