quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Imprevisto!

No início ... era o verbo ... depois apareceu o Pai Natal, agora já se vai falando na Mãe Natal....
Com muito humor....

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Relatividade

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Recebi do meu amigo César:

Ao fim da tarde, um ginecologista aguarda a sua última paciente, que não chega.


Depois de 45 minutos de espera, ele supõe que esta já não virá e resolve tomar um gin tónico para relaxar antes de voltar para casa.

Instala-se confortavelmente numa poltrona e começa a ler o jornal quando toca a campainha.

É a paciente que chega toda esbaforida e a pedir desculpas pelo atraso.

- Não tem importância - responde o médico.

Olhe, eu estava a beber um gin tónico enquanto a esperava. Quer um também para relaxar um pouco?

- Aceito com prazer - responde a paciente aliviada.

Ele serve-lhe um copo, senta-se na sua frente e começam a conversar sobre banalidades.

De repente ouve-se um barulho de chave na porta do consultório.

O médico tem um sobressalto, levanta-se bruscamente e diz:

- A minha mulher! Rápido, tire a roupa e abra as pernas!



Na vida, tudo é relativo...!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Colisão de direitos

A CNPD aprovou, por unanimidade, o Parecer 70/2011, sobre o projecto de Proposta de Lei, relativo à utilização de videovigilância na via pública, considerando que o projecto de diploma padece do vício de inconstitucionalidade material.
Na sua opinião, este diploma diminui as garantias constitucionais face ao tratamento abusivo de dados pessoais ao transferir para o Governo uma competência constitucionalmente atribuída a uma entidade independente e ao fazer desaparecer a expressa necessidade de se instalar videovigilância apenas em locais onde exista razoável risco da ocorrência de crimes.
A CNPD considera que, num Estado de Direito democrático, a regra não pode ser a vigilância permanente dos cidadãos.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011


"O Estado construiu estradas sem carros para circular, escolas sem crianças para frequentar, estádios de futebol sem jogos para realizar, tudo sem dinheiro para pagar...
... O particular adquiriu a casa a crédito, mobilou a crédito, comprou carro, telemóvel e roupa a crédito, passeou e comprou férias a crédito...".
Teresa Costa Santos, deputada do PSD, in Jornal do Douro.

Pela minha parte, subscrevo em absoluto o que a senhora deputada de forma brilhante, singela e incisiva disse.

Agora, questiono-me. Como foi possível todos os nossos responsaveis políticos terem  atuado e permitido, por ação ou omissão, tudo o que agora se alcança como a causa dos nossos males?

E o pior, é que as duas respostas possiveis não são tranquilizantes pois, ou aquela atuação se deveu à ignorância e incompetência dos nossos dirigentes ou, pelo contrário, foi intencional, para poderem usufruir de consulados sem convulsões, ficionando para o povo o céu na terra.

Venha o diabo e escolha.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

As faces do poder

16 anos uma criança sofreu uma paralisia cerebral devido a negligência médica, durante o parto (assim concluiu, agora, o Tribunal). 

Desde o nascimento, o hoje adolescente, ficou total e permanentemente incapacitado, exigindo o cuidado da mãe a tempo inteiro, todos estes 16 anos. 

Só que, o hospital de São Marcos, de Braga, condenado agora, 16 anos depois, a pagar uma indemnização de 450 mil euros, aos pais, não pagou e recorreu da sentença. 

São coisas como estas que me levam a duvidar do estado de direito e da viabilidade de uma economia que estagna e desespera por uma justiça retardatária. 


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

E esta, hein?

Os cientistas ao tentarem criar vida artificial, partem do pressuposto que a vida deve ser baseada no carbono. E se uma coisa viva puder ser feita a partir de outro elemento?

Um investigador britânico pode ter provado essa teoria, reescrevendo potencialmente o livro da vida. Lee Cronin, da Universidade de Glasgow, criou células vivas a partir do metal, um feito que poucos acreditavam possível.

A descoberta abre a porta à possibilidade de que pode haver formas de vida no universo não baseadas em carbono, reporta a New Scientist.

Ainda mais notável, Cronin deu a entender que as células com base de metal podem replicar-se a si próprias e evoluir. "Estou cem por cento seguro que podemos obter evolução para trabalhar fora da biologia orgânica", disse.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Livros



Bendito o que semeia
Livros, livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma,
É germe - que faz a palma,
É chuva - que faz o mar.
O livro e a América
Castro Alves
1847-1871

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A precipitação não permite ver o óbvio

Quando o rico árabe morreu deixou 17 camelos aos 3 filhos. Pormenorizou no testamento: metade seria para o filho mais velho, um terço para o segundo e um nono para o terceiro. Como fazer a partilha? 

Pensavam os herdeiros, metade de 17 camelos! Temos de cortar um ao meio?


Não sabiam o que fazerl...Resolveram então procurar o homem mais erudito da cidade, o estudioso, o matemático. Ele raciocinou muito e não conseguiu encontrar a solução - matemática é matemática. 
Alguém sugeriu: "É melhor procurarem alguém que saiba sobre camelos em vez de matemática". 
Foram então ao homem mais idoso da cidade, inculto, porém sábio de experiência feita.
Contaram-lhe o problema. O velho riu e disse: 
- "É muito simples, não se preocupem"
Emprestou um dos seus camelos - eram agora 18 - e depois fez a divisão. Nove foram dados ao primeiro filho, que ficou satisfeito. Ao segundo coube a terça parte - seis camelos; e ao terceiro filho, foram dados dois camelos - a nona parte. 
Sobrou o camelo que o velho emprestou, que retomou e foi embora.

Esta história foi contada no livro "Palavras de fogo", de Rajneesh e tem sido utilizada para ilustrar a diferença entre a sabedoria e a erudição. 

Ele conclui dizendo: "A sabedoria é prática, o que não acontece com a erudição. A cultura é abstrata, a sabedoria é terrena; a erudição são palavras e a sabedoria é experiência".

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Encomendações ao educador

Carta de Abraham Lincoln ao professor do seu filho


"Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado.

Ensine-lhe, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada.
Ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso.

Faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa. Ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos. Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros. Ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho. Ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram. Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço. Deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso. 
Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer, caro professor."

Abraham Lincoln, 1830, presidente dos EUA

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Bandeiras de países endividados a meia haste


O comissário europeu da Energia, o alemão Gunther Oettinger, disse que “as bandeiras dos pecadores da dívida poderiam ser colocadas a meia haste nos edifícios da União Europeia”, como meio dissuasor.

Antigamente, punham-se-lhe umas orelhas de burro no menino. O que importava era que sentisse a ostracização dos outros e o olhar de reprovação sobre o infrator.
 
Agora, vem um papalvo nazi, defender que os países em dificuldades financeiras devem ter as bandeiras a meia haste para que todos lhes possam ver as orelhas descaídas e sentirem a superior reprovação dos endinheirados. 
 
Meus amigos, este exemplo mostra como é certo que os ratos são sempre os primeiros que saem à rua, mas também mostra como começa a evidenciar-se que o vírus parece que se vai pegando!

Atenção, por isso, aos raticidas e outros desinfetantes, agentes de limpeza e repelentes.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Desempenhos

Marido condenado por não fazer sexo


"Um francês residente em Nice, França, foi condenado a pagar à mulher uma indemnização de dez mil euros, no âmbito de um processo de divórcio, por não ter mantido relações sexuais com ela durante anos.

O tribunal não aceitou a justificação de Jean-Louis G., de 51 anos, que alegou "problemas de saúde" e "fadiga crónica devido aos horários de trabalho" para não fazer sexo com a mulher."

Na minha opinião o Tribunal decidiu bem. Não fazer sexo durante anos, não está certo, ainda que tivesse outro arranjinho.

Mas será que aquele Tribunal também concedia indemnização se houvesse sexo mas o cumprimento fosse defeituoso?

sábado, 27 de agosto de 2011


Sempre soube que o mundo não era só como eu o via. Sempre soube que o mundo não era só a preto e branco, por exemplo, há também esta visão do Avante, órgão do PCP (Partido Comunista Português):

"Agressão imperialista à Líbia
Tripoli cai afogada em sangue *
Ao fim de seis meses de insurreição, cinco dos quais apoiados por persistentes bombardeamentos da NATO, os contra-revolucionários tomaram a capital da Líbia. No assalto a Tripoli, a Aliança Atlântica e os mercenários e fundamentalistas islâmicos afectos ao Conselho Nacional de Transição (CNT) mataram tantas pessoas como as vítimas civis estimadas pelo governo líbio durante todo o conflito.


Não deixa de surpreender que o regime líbio tenha resistido tanto tempo. Não raras vezes, empurrou as hordas contra-revolucionárias para o desespero da derrota. No último momento, foram sempre os imperialistas a evitar a aniquilação dos bandos do CNT. Na conquista de Tripoli não foi diferente."

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Paradoxos!

Por que razão fazem os últimos governos muita questão de que os professores sejam complexamente avaliados (ainda que não haja aquisição de conhecimentos ou valorização), se igualmente fazem muita questão de que os alunos progridam sempre (ainda que sem aquisição dos conhecimentos necessários)?

Estivesse o País bem economicamente e nada disto se colocaria…



terça-feira, 26 de julho de 2011

Distâncias e tamanhos

"Cientistas (...) descobriram a maior e mais distante reserva de água detectada até hoje no Universo.
Trata-se de uma distância de 48 mil milhões de biliões de quilómetros. (...) A massa de água equivale a pelo menos 140 triliões de vezes a soma de todos os oceanos da Terra.
(...) Está tão distante da Terra que a luz irradiada demora cerca de 12 mil milhões de anos até chegar ao nosso planeta." Aqui.

Meus amigos, estes números são tão astronómicos que ferem o meu próprio conhecimento e deixam-me perplexo (incapacidade minha com certeza), ora raciocinem comigo: 

A Declaração - Então se a luz que a massa de água irradia demora 12 mil milhões de anos a cá chegar, os cientistas viram uma imagem (ou tiveram acesso a elementos) com aquela bonita idade (terá existido há 12.000.000.000 de anos e pode há muito ter desaparecido).

A Questão - Está a ciência tão adiantada (ainda não temos charters para Marte, nem sequer para a Lua, que fica a uns míseros 384.405 Km) para poder certificar que não é ilusão de óptica ou com origem em qualquer outro erro a imagem de algo sito a 48 mil milhões de biliões de Km?

sábado, 2 de julho de 2011

Mares

De acordo com uma notícia recente os portugueses são os terceiros consumidores mundiais de peixe. Isto, parece-me natural e bom:
Natural, já que temos os recursos à porta, com tanto mar;
Bom, pois diz-se que comer peixe faz bem à saúde.

Porém, a notícia continua, deixando-me perplexo: "Portugal importa pescado no valor anual de 660 milhões de euros. "

Então isso não é um disparate? Se temos uma das maiores zonas económicas marítimas exclusivas do mundo, com os mares dos Açores e da Madeira, não devíamos ser também um dos maiores exportadores de peixe do mundo?

Parece-me tão ridículo como se os países do Saara importassem areia, a Lapónia importasse gelo ou a China pessoas.

Perante as actuais incapacidades, só me resta esperar que rapidamente, os políticos novos, relembrem que foi com a vocação dos velhos marinheiros que tivemos o período mais aúreo da nossa história.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Equidade ou falta dela

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... Mais uma vez, serão os funcionários públicos pagar o que por todos devia ser repartido.

1. Se fosse criado um imposto extraordinário, aplicável a todos, em que a distinção fosse apenas o rendimento anual auferido, percebia-se. Todos os indivíduos, com rendimento igual, pagariam imposto igual. Era de aplicação universal, havia justiça.

2. De outra forma, como entender que o Anacleto e o vizinho Ambrósio, que auferem cada um os mesmos 24.000€ de rendimento anual, declarados por ambos religiosamente no IRS, o 1º nada vá descontar por trabalhar para o BCP e, o 2º desconte o imposto "acrescido" por trabalhar para a CGD?

3. Mais, se aquele rendimento for pago ao Anacleto em 12 prestações, significa que recebeu por mês 2000€ (nada paga). Ao Ambrósio, deram-lhe a mesma quantia (anual), mas repartida em 14 míseras prestações de 1714€ e, agora, ainda lhe vão tirar metade de uma delas.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Louvas tu e louvo eu...

Louvas tu e louvo eu, viva o nosso liceu.

O DR de hoje, 2ª série, Parte C - Governo e Administração Directa e Indirecta do Estado, está repleto de louvores.

Ao todo são mais de 120. Só da ministra da educação cessante são duas dezenas (e não esteve por lá muito tempo).

Por isso, das três uma: ou somos um país de gente competente, de gente muito agradecida ou gente lambe-botas.

sábado, 25 de junho de 2011

XIX depois de Abril

Que eles não gozem férias, nada de espantar, afinal só trabalham há dois dias! Agora, que não estraguem as nossas.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Columbo

Peter Falk, detective Columbo, de gabardina e camisa descompostas, desprendido e distraído, preencheu muitos dos meus serões.

terça-feira, 21 de junho de 2011

A senhora Presidente da Assembleia da República

Mota Amaral, parecia ser o esperado e preferido de muitos, seria até porventura o nome mais adequado às funções, pela idoneidade do carácter, a segurança da sua idade e experiência acumulada como deputado e até presidente da Assembleia, que já foi.

Mas a escolha de Assunção Esteves é, manifestamente, um sinal de amadurecimento da nossa democracia. Vamos ter, pela primeira vez, uma mulher Presidente da Assembleia da República, cargo que é recorde-se, simultaneamente, a segunda figura do Estado.

Assunção Esteves, foi deputada ao parlamento nacional, juíza do Tribunal Constitucional, deputada europeia, sempre com enorme competência e vai fazer, estou certo, um enorme bem ao ego e imagem de Portugal. 

domingo, 5 de junho de 2011

Requiem in memoriam

Os militantes socialistas não mereciam que Sócrates eliminasse as vozes dissonantes internas e secasse a possibilidade de se afirmarem outros candidatos. 

Não mereciam que os envergonhasse ao entronizar-se líder com percentagens próprias de um qualquer ditador do Burkina Faso, nem fugisse constantemente à verdade como o diabo, dizem, foge da cruz.

Não mereciam que Sócrates se quisesse perpetuar no poder.

Não mereciam ver o primeiro-ministro, candidatar-se a um terceiro mandato e, pela primeira vez em Portugal, um primeiro-ministro em exercício, perder umas eleições legislativas.

Não mereciam ver cumprir-se o desejo de Manuel Ferreira Leite, de só ficar descansada, depois de ver o Sócrates perder as eleições, mas também afastado da liderança da oposição.

Os militantes socialistas não ficarão com saudade e o resto do País muito menos. 
Requiem in memoriam
Dá que pensar. Depois do resultado eleitoral de hoje, na Europa a 27 países, apenas subsistem socialistas nos governos de Espanha e Grécia!

sábado, 4 de junho de 2011

outro dia D

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Espero e acredito que a partir de amanhã termine a política das ilusões e das facilidades.  

Sabemos que as medidas que vão ter de ser tomadas - o Estado Português comprometeu-se com os credores do FMI a tomá-las - vão ser exigentes e difíceis, mas se nos forem explicadas, se nos derem conta do seu destino e do rigor da sua aplicação, poderemos até perceber, vamos poder aceitar.
 
Que não se esqueçam mais os políticos: O povo eleitor tem direito à verdade e à transparência por parte daqueles que escolheu para os representar..


domingo, 29 de maio de 2011

quadras a despropósito

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Sem que discurso eu pedisse,
ele falou, e eu escutei.
Gostei do que ele não disse;
do que disse não gostei.
António Aleixo

domingo, 8 de maio de 2011

culpa 2

O povo da Islândia tomou nas suas mãos a resolução da crise, que a levou à "falência". As manifestações não sairam de frente do parlamento enquanto o governo não se demitiu e elegeram novo governo, com outros partidos. Levaram à prisão políticos e banqueiros. Referendaram a forma de pagar a dívida aos credores.
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Ontem, em Lisboa, durante as Conferências de Economia do Estoril, Gylfi Zoega, economista, membro do banco central da Islândia, e que também participou no documentário premiado com um Óscar "Inside Job - A verdade sobre a crise", disse textualmente:

Portugal deve investigar quem do Governo e da banca está na origem do endividamento” .

"Temos de ir aos incentivos. Quem ganhou com isto? No meu País eu sei quem puxou os cordelinhos, porque o fizeram e o que fizeram, e Portugal precisa de fazer o mesmo. De analisar porque alguém teve esse incentivo, no Governo e nos bancos, para pedirem tanto emprestado e como se pode solucionar esse problema no futuro", diz o responsável."
Económico com Lusa, 08/05/11 12:02

culpa

(Circula na Net, sem autor determinado)

A culpa é do pólen dos pinheiros
Dos juízes, padres e mineiros.
(...) 
A culpa é das "P. u. t. a. s" que não pagam impostos
Que deviam ser pagos também pelos mortos.
 (...)
A culpa é dos reformados e desempregados
Cambada de malandros feios, excomungados.
(...)
A culpa é dos putos da casa Pia
violados de noite e de dia.
(...)
A culpa é dos traidores que emigram
E dos patriotas que ficam e mendigam.
(...)
A culpa é do Partido Social Democrata
E de todos aqueles que usam gravata.
(...)
A culpa é do BE, do CDS e do PCP
E dos que não querem o TGV.
(...)
A culpa até pode ser do urso que hiberna
Mas nunca será de quem governa.

domingo, 1 de maio de 2011

Ode à MenteDesperta

Há um senhor que mente.
Mente
 de corpo e alma, completamente.
mente de maneira tão pungente
Que a gente acha que ele mente sinceramente.
Mas que mente, sobretudo, impunemente...
Indecentemente... mente.

mente tão racionalmente,
Que acha que mentindo vida fora,
Nos vai enganar eternamente.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

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Serve para reflectir:
"Um gestor incompetente poupa tostões como se fossem milhões, ao mesmo tempo que gasta milhões como se fossem tostões».
(vi por aí, mas desconheço o autor)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Greve à democracia

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O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, defendeu "uma greve à democracia". Considerou que "o nosso povo não é exigente com os políticos" e que na altura de votar "lá vão legitimá-los outra vez". No entender do bastonário dos Advogados, isso confere aos políticos "uma sensação de impunidade", que se estende do Governo à oposição.

Seguindo Manuela Ferreira Leite, que defendeu uma suspensão da democracia por seis meses, Marinho Pinto foi mais longe e sugeriu: "Não sei se o povo português não faria melhor em fazer greve à democracia por um dia, precisamente no dia das eleições, para dizer claramente à classe política aquilo que dizem nos cafés". Para Marinho Pinto, essa seria "a grande punição democrática". [...] Correio da Manhã

A ideia, em si, parece simpática, tanto mais agora que abominamos os políticos que nos meteram nesta profunda e irritante crise.

Mais, a ideia nem sequer é nova. Em tempos foi o MFA a defendê-lo em guerra aberta contra a Assembleia Constituinte. Também José Saramago, no seu Ensaio sobre a Lucidez, descreve um movimento espontâneo de cidadãos que conseguia provocar 70% de votos em branco numa eleição.

Mas, reconhecendo-se que os “inimigos de estimação” do senhor Marinho Pinto, durante todo o seu bastonato, foram as autoridades policiais (desde a GNR, PSP, Judiciária e Guardas Prisionais), Ministério Público e Tribunais (em especial os juízes) e nunca os políticos e, pelo contrário, que sempre veio a terreiro defender o primeiro-ministro, José Sócrates, e outros socialistas quando acossados pela justiça (estou a lembrar-me da Casa Pia, Freeport, Escutas, EuroJust, Face Oculta, etc.) só podemos concluir que aquela sua ideia não é nada peregrina nem ingénua.

Apetecia-me, para terminar, lembrar-lhe que a essência da Democracia reside precisamente no intrínseco poder/dever do povo de participar e contribuir para a tomada de decisão. Votar no partido X, Y ou Z, em branco, ou anulando o seu boletim, mas sempre descarregando o nome no caderno eleitoral.

quinta-feira, 14 de abril de 2011


O Estado de Sítio ou o estado a que isto chegou.
«PSP, GNR e Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, entre outros organismos do Ministério da Administração Interna, não estão a entregar às Finanças as verbas relativos ao IRS nem os descontos para a Caixa Geral de Aposentações, (saliente-se que são quantias que foram retidas nos salários) conforme noticia o Diário Económico de hoje, ao abrigo de um acordo com o Ministério das Finanças. (...) » (Fonte: Público).


Como eu me sinto com esta notícia. Como se devem sentir o senhor Polifemo e a empresa Epimeteu Lda!
Estarão, concerteza, irados comigo e com este Dúplice Sistema, depois de há alguns anos terem sido condenados pelo crime de abuso de confiança fiscal. Na altura, esgotaram-se todas as instâncas de recurso. Fomos ao Supremo Tribunal e depois para o Tribunal Constitucional.
Clamavam, então, que as quantias retidas de IRS nos salários dos trabalhadores, e as receitas do IVA não entregues, se destinaram a pagar os salários subsequentes, sem o que tinham falido e aqueles despedidos. O direito ao salário sobrepunha-se ao dever da entrega.
Não lograram convencer. Teve sempre vencimento a ideia da  imperatividade do dever da entrega ao Estado das quantias das quais só se é mero depositário.

O último condenado (há poucos meses), de que tenho notícia, por crime de abuso confiança fiscal, foi do antigo presidente do Boavista, joão Loureiro . vide notícia aqui.
Quid Juris?



terça-feira, 12 de abril de 2011

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Em contramão

José Sócrates, primer ministro de Portugal

enrique serbeto, día 01/04/2011
"El primer ministro portugués se parece a un conductor que avanza a toda velocidad por la autopista en dirección contraria, convencido que son todos los demás automovilistas los que se equivocan. Los gobiernos europeos y las instituciones comunitarias dan por hecho que Portugal no puede salir de la crisis sin asistencia financiera, pero José Sócrates les contradice a todos (...)."

quinta-feira, 31 de março de 2011

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"Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade."
Confúcio

domingo, 27 de março de 2011

Ajustar a hora legal

Hoje dormimos menos uma hora.

Foi ajustada a hora à luminosidade do sol. O objectivo é poupar energia.

Já Benjamin Franklin, séc. XVIII, diplomata, cientista e inventor norte-americano, publicou um artigo, num jornal francês, em que sugeria que se a França adiantasse uma hora no Verão, Paris pouparia anualmente 32 mil toneladas de cera de vela.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Aos representantes seguem-se os mandantes

A democracia, geneticamente, não é arrogante. É mesmo a sua antítese, em contraponto com o autoritarismo das ditaduras. Por isso, o estranho é ter sido possível convivermos tanto tempo em “contranatura”, permitindo-se a sobranceria do srº Sócrates. Não falo sequer de competência e seriedade, qualidades ou falta delas susceptíveis de serem dirimidas noutras sedes.
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Mas, agora, o senhor primeiro-ministro à arrogância inicial, veio-lhe adicionar a traição e a deslealdade, não sendo pois de estranhar o desfecho. Se antes, para aprovação do orçamento e das várias medidas de austeridade anteriores, negociou previamente com o PSD, deu conta prévia ao Presidente da Republica, procurou o apoio do PS, submeteu a aprovação do Parlamento.

Desta vez:
- Não deu cavaco à Assembleia da República (nada lhe tendo submetido para apreciação);

- Não deu cavaco ao PSD (atraiçoando o namoro sustentado na viabilização do Orçamento, o PEC1, PEC2, PEC3);

- Não deu cavaco ao PS que o sustenta (sendo desleal com a família política e amigos);

- Não deu cavaco ao próprio Cavaco, Presidente da República (atraiçoando as Instituições que jurou observar).

Não é pois de estranhar o desfecho, que muitos dizem ter sido procurado.

Claro, que todos receamos o futuro, que é por essência, desconhecido, mas por o ser, não nos deve constranger a escapar do pântano, onde a cada passo mais nos sentíamos afundar. [Os eufemísticamente designados de PEC(s), um atrás do outro. (O último C, é mesmo a inicial de crescimento!)]

Aos representantes, os deputados, seguem-se os mandantes, o povo.

Enfim, brincando: -Sócrates não PEC mais.

Continuam a lançar os dados.....